postado em 07/05/2012 20:13
La Paz - A Igreja Católica pediu diálogo para evitar a violência "diante da onda crescente de conflitos sociais na Bolívia", que enfrenta uma greve de motoristas e de médicos e se prepara para uma greve de 72 horas na quarta-feira (7/5) convocada pela central de trabalhadores."Diante da onda crescente de conflitos sociais na Bolívia (a hierarquia eclesiástica) reitera um veemente pedido às autoridades públicas e aos setores sociais mobilizados, para evitar qualquer confronto e violência, e retomar o caminho do diálogo", indicaram os bispos em um comunicado.
O pronunciamento ocorre em um momento em que o poderoso sindicato de motoristas dos transportes públicos realiza uma greve de 48 horas que parou La Paz. A medida abarca outras cinco regiões, exceto Santa Cruz, Cochabamba e Tarija.
O panorama de conflitos é agravado também por uma greve de médicos e paramédicos do sistema público de saúde por mais de um mês contra a ampliação de sua jornada de trabalho diária de 6 para 8 horas, medida suspensa na sexta-feira pelo presidente Evo Morales.
Os médicos rejeitaram a proposta de Morales e disseram que manterão os protestos até conseguirem a revogação do decreto de ampliação da jornada de trabalho.
A cúpula eclesiástica - distanciada do governo- apoiou, por outro lado, uma marcha de 600 km de indígenas que se opõem a uma estrada pela Amazônia que, segundo seus dirigentes, afetará o sistema ecológico da região.