Mundo

Marinha dos países de língua portuguesa discutem medidas para a segurança

postado em 08/05/2012 16:27
Comandantes das Marinhas e Guardas Costeiras de sete países integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) discutem, a partir desta terça-feira (8/5), no Rio de Janeiro, estratégias para intensificar a cooperação e garantir a segurança marítima nessas nações.

De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, que participou da abertura do III Simpósio das Marinhas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), até o fim do encontro, na quinta-feira (10), os países devem apresentar uma proposta consensual de monitoramento e controle do tráfego marítimo em suas águas jurisdicionais.

;Os oceanos são elemento de integração entre as civilizações e o comércio marítimo continuará sendo a grande artéria da economia mundial. Protegê-lo é fundamental para as nações que queiram manter-se soberanas;, afirmou Amorim, em discurso de abertura. Segundo ele, a integração das Marinhas não interferirá nas soberanias nacionais.

O ministro da Defesa ressaltou que o foco de atuação das Marinhas deve ser a dissuasão de ;potenciais forças hostis em nossas costas; e no Atlântico Sul. ;Cultivamos a paz também ao não descuidarmos da capacidade de dissuasão;, ponderou.

Celso Amorim também lamentou a ausência de representantes de Guiné-Bissau (África) no simpósio. ;Registro minha esperança de que aquela nação irmã possa em breve recobrar a normalidade institucional, respeitando o primado da democracia inscrito na carta da CPLP;, disse.

O país sofreu um golpe de Estado há cerca de um mês quando, alegando insatisfação com a presença de militares angolanos em missão, um grupo das Forças Armadas prendeu o presidente, Raimundo Pereira, o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai.

A CPLP foi criada em 17 de julho de 1996, durante a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo de Lisboa, para ampliar a cooperação internacional entre os países-membros em diversos campos, como educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, segurança pública e cultura, entre outros. Integram a comunidade Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação