postado em 09/05/2012 21:13
Buenos Aires - O Senado argentino aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira (9), a ;morte digna;. Pela nova lei, pacientes terminais têm o direito de rejeitar tratamento médico, que prolonguem suas vidas, quando as perspectivas de uma melhora são poucas. Se os doentes não estiverem em condições de manifestar a sua vontade, as famílias deles podem decidir.O debate sobre a ;morte digna; ganhou força na Argentina a partir do caso de uma menina, Camilla. Ela morreu durante o parto, os médicos conseguiram ressuscitá-la, mas ela nunca saiu do coma. Os médicos dizem que o estado vegetativo dela é ;irreversível; e a mãe dela, Selva Herbon, quer desligar os aparelhos que mantém a filha viva. Mas até a aprovação da lei, que permite a ;morte digna;, não tinha essa opção.
Selva tornou público o seu caso, ocorrido no dia 27 de abril de 2009, em agosto do ano passado e começou a pressionar os legisladores para a aprovação da lei.
A nova legislação não legaliza a eutanásia ou o suicídio assistido, Aapenas permite ao paciente com uma doença terminal ou um estado irreversível rejeitar tratamentos, alimentos ou reanimação artificial, que só servirão para prolongar a agonia deles.