Após deixar o Palácio do Eliseu, na próxima terça-feira, o presidente Nicolas Sarkozy, que gozou de imunidade legal nos últimos cinco anos, deverá ter que prestar contas com a Justiça a respeito de três escândalos financeiros em que teve seu nome envolvido durante seu mandato. Pela Constituição francesa, o presidente não pode ser obrigado a testemunhar ou ser investigado ou processado até um mês após deixar o cargo. Com isso, a partir de 15 de junho, ficará aberto o caminho para que o conservador seja convocado para prestar depoimento nas investigações.
;Está escrito, preto no branco, que o processo se inicia ao fim do prazo de um mês após o final das suas funções;, disse Matthieu Bonduelle, presidente do sindicato dos magistrados da França. Sarkozy nega envolvimento nos três casos, que já desencadearam investigações judiciais e envolveram alguns de seus amigos ricos. Para analistas, os escândalos atrapalharam a campanha de Sarkozy à reeleição, da qual ele saiu derrotado no último domingo para François Hollande.
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