Agência France-Presse
postado em 15/05/2012 14:30
Carcóvia - A opositora ucraniana Yulia Timoshenko, que foi transferida de sua prisão para o hospital na semana passada, suspendeu seu tratamento para protestar contra a divulgação de informações sobre o seu tratamento, indicou nesta terça-feira (15/5) o ministro adjunto da Saúde.A opositora, que sofre de hérnia de disco e acaba de por fim a uma greve de fome de 20 dias, "recusou cuidados médicos", indicou o ministro adjunto, Olexandre Tolstanov, durante uma entrevista coletiva à imprensa perto da clínica pública de Kharkiv (leste), onde está hospitalizada a ex-primeira-ministra.
Ela tomará uma decisão definitiva sobre seu tratamento depois de consultar sua filha e seu advogado, acrescentou.
Timoshenko se recusou a manter seu tratamento "em sinal de protesto" depois da divulgação na véspera sobre o seu tratamento no hospital por parte do serviço penitenciário de informações, principalmente sobre os horários de visita dos médicos, indicou a filha da opositora, Evguenia.
A decisão de suspender seu tratamento foi tomada enquanto seu médico alemão anunciava que deixará em breve a Ucrânia.
O neurologista Lutz Harms, da clínica berlinense Charité, responsável pelo tratamento da opositora na Ucrânia, disse que sua saída estava "prevista desde o início" e que será substituído por um colega alemão.
O médico denunciou nesta terça-feira "a vigilância permanente" da opositora, algo que faz com que o tratamento fique "problemático".