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Morte de Mary Kennedy aumenta especulações sobre uma "maldição" na família

Agência France-Presse
postado em 17/05/2012 20:23
Nova York - Os Kennedy choravam nesta quinta-feira (17/5) uma nova perda após a morte por enforcamento de Mary, a segunda mulher de Robert F. Kennedy Jr., voltando a colocar sobre a mesa especulações sobre "a maldição" da mítica dinastia da política americana.

A autoridade de medicina forense do condado de Westchester informou em um breve comunicado que a autópsia de Mary Richardson Kennedy, de 52 anos, separada desde 2010 de Robert F. Kennedy Jr., determinou a "morte por asfixia devido a um enforcamento".

Mãe de quatro filhos de entre 11 e 17 anos, arquiteta por formação e apaixonada pelo desenvolvimento sustentável, esta bela mulher foi encontrada morta na quarta-feira em um celeiro atrás de sua casa em Bedford, no estado de Nova York. Deixou uma carta antes de morrer, segundo o New York Times.

Esta nova morte em uma das famílias mais emblemáticas dos Estados Unidos foi capa nesta quinta-feira da imprensa sensacionalista. "A maldição ataca novamente", publicou o New York Post, em alusão à meia dezena de mortes, assassinatos, suicídios e acidentes que marcaram nos últimos anos esta família de origem irlandesa radicada na costa leste dos Estados Unidos.

"RFK Jr.", como como é conhecido Robert F. Kennedy Jr., é o terceiro dos 11 filhos de Ethel e Robert F. Kennedy, o senador assassinado em junho de 1968 em Los Angeles durante a campanha presidencial. RFK Jr., de 58 anos, é sobrinho do presidente John F. Kennedy, assassinado em Dallas em novembro de 1963.

Advogado especializado em temas ambientais, Robert F. Kennedy Jr. pediu o divórcio há dois anos, depois de 16 anos de casamento com Mary Kennedy, e vive principalmente na Califórnia. Recentemente, foi fotografado com a atriz Cheryl Hines.

"Lamentamos profundamente a morte de nossa querida irmã Mary, cujo espírito radiante e criativo fará falta", afirmou a família em comunicado, destacando que ela adorava seus quatro filhos.

A família Kennedy emitiu um comunicado enfatizando quão inspiradora Mary foi, "com sua bondade, seu amor e generosidade".

Segundo a imprensa americana, Mary teve problemas com álcool nos últimos anos e sofreu com a separação. Teria entrado no clã através de Kerry, irmã de seu futuro marido e sua amiga na universidade. Em 1994, casou-se com Robert F. Jr., que tinha se divorciado de sua primeira mulher um mês antes.

Três anos mais tarde, em 1997, Robert F. Jr. viu seu irmão Michael morrer em um acidente de esqui em Aspen (Colorado, oeste). Já tinha perdido outro irmão, David, que morreu após overdose de cocaína e medicamentos em abril de 1984.

Seu sobrinho, John F. Kennedy Jr., mais conhecido pelo apelido de John John, filho do ex-presidente JFK, morreu em julho de 1999 junto à sua mulher Carolyn Bessette, em um acidente de avião perto de Nova York.

A família também sofreu com acidentes graves, como o do ex-senador Ted Kennedy, cujo automóvel caiu de uma ponte em 1969 matando seu acompanhante. Foi então quando Ted Kennedy, morto de câncer em 2009 aos 77 anos, se perguntou se "uma terrível maldição não estaria atingindo os Kennedy".

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