Agência France-Presse
postado em 19/05/2012 17:33
Chicago - Três militantes detidos na quarta-feira foram acusados de terrorismo por planejar um atentado contra o quartel-general de campanha do presidente Barack Obama em Chicago durante manifestações contra a cúpula da Otan, informou neste sábado uma fonte judicial."Os indivíduos que acusamos não são manifestantes pacíficos, são terroristas internos", ressaltou neste sábado à imprensa a promotora Anita Álvarez, indicando que "entre seus alvos estavam a sede de campanha do presidente Barack Obama e a casa do prefeito (de Chicago) Rahm Emanuel".
Os advogados das três pessoas, detidas na quarta-feira durante buscas em suas residências, afirmaram que seus clientes eram "inocentes" e vítimas de uma "armação" da polícia para desacreditar o movimento de protesto.
A promotora e a polícia afirmam ter em seu poder diversas provas de que os "autoproclamados anarquistas" fabricavam coquetéis molotov e planejavam desordens durante a cúpula da Otan em Chicago, no domingo e na segunda-feira.
Álvarez assegurou que os militantes planejavam atentados contra quatro postos policiais, e que um dos acusados disse: "Já viram um policial incendiado alguma vez?"
A polícia de Chicago mobilizou um forte esquema de segurança no centro da cidade prevendo manifestações contra a cúpula da aliança atlântica, prncipalmente no domingo à tarde.
Garry McCarthy, um alto funcionário policial, insistiu que não havia "ameaças iminentes", mas não quis indicar se houve outras detenções de pessoas supostamente ligadas aos planos de atentados.
"A investigação não está encerrada", mas "esta etapa deve ser realizada, dado o perigo que representavam estes jovens", acrescentou.
Os três detidos são Brian Church, de 22 anos, originário de Fort Lauderdale (Flórida, sudeste); Jared Chase, de 27, nascido em Keene (New Hampshire, nordeste); e Brent Betterly, de 24 anos, proveniente de Massachusetts (nordeste).
Várias manifestações contra a reunião da Otan já foram realizadas em Chicago e 14 pessoas foram detidas, a maioria delas por crimes menores.