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Paquistão quer acordo com a Otan para reabrir rotas de abastecimento

Agência France-Presse
postado em 21/05/2012 18:05
Chicago - O governo paquistanês deu instruções a seus negociadores para que concluam as negociações com os Estados Unidos para a reabertura das rotas de abastecimento da Otan em direção ao Afeganistão, fechadas há seis meses, afirmou nesta segunda-feira (21/5) o presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari.

"Nosso Parlamento se pronunciou em favor da cooperação e da associação com a coalizão internacional (Isaf) no Afeganistão e foram dadas instruções para que cheguem a um acordo", indica Zardari no texto de seu discurso aos 50 chefes de Estado e de Governo dos países que integram a Isaf, reunidos na cúpula da Otan em Chicago.

A reabertura das rotas paquistanesas aos comboios da Otan -estratégica para a retirada gradual das tropas da aliança atlântica do Afeganistão- é impedida pelo custo do pedágio cobrado por Islamabad, considerado "inaceitável" por Washington.

A imprensa americana indica que Islamabad exige 5.000 dólares por contêiner, 30 vezes mais do que antes do fechamento das estradas paquistanesas.

O Paquistão proíbe há seis meses a passagem das forças da Otan por seu território como represália pela morte de 24 soldados paquistaneses atingidos por engano em um ataque aéreo americano em Salala.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse aos jornalistas que espera "que as negociações sejam concluídas de forma positiva para que as estradas de reabastecimento possam ser reabertas em breve".

A reabertura das estradas constitui um "desafio logístico", segundo o chefe da aliança atlântica, já que 23.000 dos 90.000 soldados americanos no Afeganistão deixarão o país no final do verão (hemisfério norte), sem contar as tropas francesas que também se retirarão neste ano, de acordo com declarações feitas pelo presidente François Hollande.

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