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Obama pede "coordenação mais efetiva" entre países da zona do euro

Agência France-Presse
postado em 21/05/2012 19:59
Chicago - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta segunda-feira (21/5) uma "coordenação mais efetiva" entre os países da zona do euro para resolver a crise da dívida.

"O mais importante é que a Europa reconheça que este projeto do euro envolve mais de uma moeda, significa que deve haver uma coordenação mais efetiva", disse em coletiva de imprensa depois de uma cúpula da Otan em Chicago.

Obama se ofereceu para enviar à Europa assessores técnicos para o encontro informal de autoridades europeias nesta quarta-feira, com o objetivo de encontrar fórmulas para retomar a economia da zona do euro.

O presidente americano fez tais declarações após a recente cúpula do G8 em Camp David, no estado de Maryland (nordeste), realizada na sexta-feira e no sábado passado, onde os líderes dos oito países mais ricos do mundo se comprometeram a impulsionar o crescimento sem esquecer o combate ao déficit, um encontro marcado pela crise da dívida que ameaça a união monetária.

Os líderes do G8 expressaram seu desejo de que a Grécia permaneça na zona do euro em um momento onde o país realiza novas eleições em 17 de junho, após o fracasso na hora de formar governo depois do pleito de maio, com um avanço nas pesquisas dos partidos contrários à austeridade.

A incerteza política na Grécia gera temores de que o país abandone a zona do euro após uma crise de mais de dois anos.

Obama, por sua vez, que enfrenta a reeleição em novembro, insistiu que os europeus implementem políticas de impulsionamento da economia, após dois anos de regime de austeridade defendido pela Alemanha, que segundo analistas está sufocando a economia europeia.

"Não vou especular sobre o que aconteceria se os gregos decidissem sair (da zona do euro), já que eles terão uma eleição e este vai ser um debate importante na Grécia", disse Obama.

"Acredito que seja importante para a Grécia, como democrata, que pese quais são suas opções em um momento de grandes dificuldades. O que acontecer com a Grécia terá impacto aqui nos Estados Unidos", completou.

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