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Chávez acusa Uribe, ex-presidente colombiano, de ameaçar a paz regional

Agência France-Presse
postado em 21/05/2012 20:11
Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta segunda-feira (21/5) que o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe pôs em risco a paz regional durante seu governo, embora tenha se negado a responder diretamente às acusações polêmicas do ex-colega contra ele.

"Prefiro não responder a esse senhor. Seu currículo é bem conhecido, deve-se ver como terminou esse governo, pondo em risco, inclusive, a paz regional de toda esta parte da América Latina", disse o presidente em um telefonema transmitido pelo canal oficial VTV.

Presidente da Colômbia entre 2002 e 2010, Uribe acusou recentemente em vários meios internacionais o governo Chávez de ter transformado a Venezuela em "um paraíso do narcotráfico" e de proteger grupos guerrilheiros, como os que praticaram o atentado terrorista de terça-feira passada em Bogotá.

O chefe de Estado, que manteve uma relação tensa com Uribe quando ele presidia a Colômbia, lembrou que "felizmente" com o presidente Juan Manuel Santos mantém "um diálogo permanente".

Pouco antes de deixar o poder, Uribe acusou Chávez de permitir a presença de guerrilheiros colombianos na Venezuela, o que levou os dois países a romperem relações, restabelecidas com a chegada de Santos à Presidência.

Durante a transmissão na VTV, Chávez afirmou que seu governo "esquenta os motores" para a campanha com vistas às eleições presidenciais de 7 de outubro, em que tentará a reeleição para um terceiro mandato e que prevê definir em breve a data em que inscreverá sua candidatura.

"A bossa batalha entrará em outra fase uma vez inscrevamos a candidatura e nos mobilizemos", disse o governante, lembrando que, segundo o calendário eleitoral, está previsto que as candidaturas sejam oficializadas entre 1; e 11 de junho.

"Um dos elementos fundamentais da nossa campanha será a continuidade do projeto bolivariano", comentou.

Chávez, que sofre de um câncer desde junho de 2011, voltou ao seu país em 11 de maio, procedente de Havana, onde passou onze dias para concluir as sessões de radioterapia a que se submeteu para tratar a doença.

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