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Radiações de Fukushima estão em níveis aceitáveis, segundo a OMS

Genebra - O grau de radiação sofrido pelos moradores da cidade de Fukushima desde o acidente nuclear de março de 2011 se encontra abaixo do limite de referência, com exceção de duas localidades, afirmou nesta quarta-feira (23/5) a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O relatório da OMS, de 120 páginas, se baseia em medições oficiais e em simulações feitas por computador. Não faz referência às pessoas evacuadas da área próxima à central nuclear japonesa nem aos trabalhadores que estão limpando as instalações.

As localidades de Namie e Itate, em um raio de entre 20 e 30 km a partir da central, foram as mais afetadas, com níveis de 10 a 50 millisieverts (mSv), comparados aos de 1 a 10 mSv em outros pontos da cidade e de 0,1 a 10 mSv nas regiões vizinhas.

O limite de exposição anual é de 50 mSv para os trabalhadores do setor nuclear.

O impacto para o resto do mundo é estimado em 0,01 mSv, um nível "muito fraco", destaca o relatório.

"Pode-se concluir que os níveis estimados no exterior do Japão estão abaixo (e frequentemente muito abaixo) da dose considerada como muito fraca pela comunidade encarregada pela proteção contra a radiação", afirma a OMS.

O grupo de trabalho estima que as radiações recebidas mais de um ano após a catástrofe de março de 2011 serão provavelmente inferiores às de Chernobyl.

A catástrofe da central de Fukushima foi provocada por um tsunami causado por um terremoto de magnitude 9 na costa nordeste do Japão.