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Novo relatório da Anistia Internacional faz críticas severas à ONU

postado em 24/05/2012 08:00

Críticas severas à ausência de ações reais do Conselho de Segurança da ONU perante as crises da Primavera Árabe, nos últimos 12 meses, foram destaque do relatório de 2012 da Anistia Internacional (AI). No 50; informe anual sobre os direitos humanos divulgado ontem pela organização não governamental, também sobraram ataques à postura do Brasil e de outros países emergentes ; como a Índia e a África do Sul ; por ;frequentemente mostrarem um silêncio cúmplice; em relação ao Oriente Médio e ao norte da África.

A AI afirmou que o Conselho de Segurança da ONU provou não estar à altura da presença e da coragem dos manifestantes que lutam pela democracia. De acordo com a ONG, o organismo está cada vez mais inadequado, apático, redundante e fora de propósito. O relatório cita o exemplo da Síria para ilustrar a incapacidade da ONU de intervir na repressão das revoltas populares, que já mataram mais de 12 mil pessoas desde março de 2011. ;Enquanto o Conselho de Segurança levou ao Tribunal Penal Internacional o caso de Muamar Kadafi (ex-ditador da Líbia), não tomou nenhuma ação semelhante contra o presidente sírio, Bashar Al-Assad, apesar das evidências convincentes de crimes contra a humanidade cometidos pelas suas forças de segurança;, ressaltou o relatório.

Confira os principais pontos do Relatório Anual da Anistia Internacional

PRIMAVERA ÁRABE

A coragem exibida pelos manifestantes nos últimos 12 meses foi contraposta pelo fracasso de liderança que torna o Conselho de Segurança cansado, fora de compasso e cada vez mais sem propósito. O apoio vocal e entusiasta pelos protestos nos primeiros meses de 2011 não se traduziu em ação.

SÍRIA

A inação do Conselho de Segurança em relação aos crimes contra a humanidade na Síria -- um dos principais consumidores de armas da Rússia -- deixou o Conselho de Segurança da ONU parecendo redundante enquanto guardião da paz global.

BRASIL

Potências emergentes, como Índia, Brasil e África do Sul, também têm sido frequentemente cúmplices por meio de seu silêncio.

CHINA

Estados altamente repressores, incluindo a China, lançaram todo o peso de seu aparato de segurança no sufocamento de protestos.

COREIA DO NORTE

Não houve melhoria na horrenda situação dos direitos humanos na Coreia do Norte.

AMÉRICAS

A força do protesto social nas Américas frequentemente levou à confrontação com interesses políticos e econômicos. Ativistas foram ameaçados e mortos, incluindo no Brasil, na Colômbia e no Méxio.

RÚSSIA

O ativismo cívico cresceu e o país presenciou suas maiores manifestações desde o colapso da União Soviética. Mas a oposição sofreu abusos e foi sistematicamente minada.

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