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Assassino de menino desaparecido há mais de 30 anos é hospitalizado

Agência France-Presse
postado em 25/05/2012 14:48
Nova York - O assassino confesso do menino Etan Patz, desaparecido há mais de 30 anos em Nova York, foi acusado formalmente de homicídio nesta sexta-feira (25/5), mas será submetido a uma avaliação psiquiátrica ja que sofre de "alucinações", segundo seu advogado. Pedro Hernández, um porto-riquenho de 51 anos, foi acusado de homicídio de segundo grau (não premeditado) de Etan Patz, disse o procurador do distrito de Manhattan, Cyrus Vance Jr, citado em comunicado nesta sexta-feira (25/5).

O texto indica que o detido foi acusado de "estrangular Etan Patz, de seis anos, em 25 de maio de 1979" no porão de uma casa no bairro do Soho, no sul de Manhattan. [SAIBAMAIS]

Entretanto, uma porta-voz da polícia de Nova York, a detetive Gina Sarubbi, afirmou que o réu foi levado ao hospital Bellevue em Manhattan devido a um problema de saúde anterior à sua prisão. "Não há temor algum de suicídio em relação a essa pessoa", disse Sarubbi. Hernández ia se apresentar nesta sexta-feira (25/5) para um juiz estadual em Manhattan e seria acusado por assassinato em segundo grau.

O pequeno Etan Patz havia desaparecido em 25 de maio de 1979 quando tinha seis anos, na primeira vez em que saía sozinho de casa, para pegar o ônibus escolar em um ponto que ficava a menos de 100 metros de onde morava. O mistério causou comoção nos Estados Unidos e deixou uma profunda ferida no inconsciente coletivo, já que milhões de pais passaram a proibir seus filhos de irem sozinhos à escola ou de brincar na rua.

Na terça-feira (22/5), o chefe da polícia da cidade, Ray Kelly, anunciou que Hernández confessou ter estrangulado Etan no porão de um mercado de Manhattan, perto do ponto de ônibus, com a promessa de um refrigerante.

Depois de asfixiar a criança, Hernández embrulhou o corpo em um saco plástico e o colocou no lixo, de acordo com Kelly. "Os restos do menino nunca serão recuperados", acrescentou.

Patz foi declarado morto em 2001 e, ainda que ninguém tenha sido formalmente culpado por sua desaparição, sua família ganhou em 2004 um processo civil de dois milhões de dólares contra José Antonio Ramos, noivo da babá de Patz, atualmente preso por pedofilia.

Em abril, depois de anos de silêncio, a polícia e o FBI reabriram a investigação gerando bastante inquietação ao realizar uma escavação no porão da esquina da rua onde ainda vivem os pais de Etan.

Munidos de martelos, dezenas de investigadores quebraram o piso de concreto do porão para chegar à terra e à base dos muros, antes de coletar evidências para análise. Nada foi encontrado. Contudo, foi após esse episódio que a polícia recebeu a pista que os levou ao assassino. Hernández é o terceiro homem identificado como suspeito no caso, mas o primeiro a ser acusado.

Em 1983, o presidente Ronald Reagan declarou a data de 25 de maio como o "Dia Nacional do Menino Desaparecido", em homenagem ao pequeno Etan. Um ano depois, foi criado o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas.

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