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Damasco nega responsabilidade em massacre de Hula e abre investigação

Damasco - O regime sírio negou neste domingo (27/5) qualquer responsabilidade no massacre de Hula, no qual quase 100 pessoas morreram, das quais 32 crianças, e atribuiu o ato a terroristas, ao mesmo tempo em que anunciou a abertura de uma investigação.

"Negamos totalmente qualquer responsabilidade do governo neste massacre terrorista que teve por alvo habitantes" de Hula, declarou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Jihad Makdissi, dois dias após o ataque, que a oposição atribui ao regime de Bashar al-Assad.

Segundo o porta-voz, as autoridades sírias vão abrir uma investigação para esclarecer as circunstâncias das mortes, que provocaram uma condenação internacional unânime.

Makdissi apresentou uma nova versão do ocorrido em Hula, na província de Homs, no centro da Síria, na sexta-feira. Por volta das 14h00 locais, "centenas de homens armados se reuniram em várias caminhonetes carregadas com armamento pesado, morteiros e metralhadoras", disse.

"As forças terroristas se dirigiram a esta região que está protegida pelas tropas governamentais (...) e atacaram vários postos militares", acrescentou, explicando que utilizaram pela primeira vez "mísseis antitanque". Segundo o porta-voz, as tropas governamentais não avançaram e "responderam em legítima defesa".