Agência France-Presse
postado em 27/05/2012 17:27
O embaixador da Rússia junto às Nações Unidas questionou neste domingo a participação do regime sírio no ataque que matou mais de 100 pessoas na cidade de Hula, no centro da Síria."É preciso determinar ainda se foram as autoridades sírias", disse Igor Pankin à imprensa na sede das Nações Unidas em Nova York.
"Há razões substanciais para se acreditar que a maioria morreu com golpes de facas e navalhas, ou com tiros a queima-roupa.
O chefe dos observadores das Nações Unidas na Síria, general Robert Mood, informou ao Conselho de Segurança da ONU que as mortes foram provocadas por estilhaços e tiros a queima-roupa.
Grã-Bretanha e França propuseram uma declaração do Conselho condenando o massacre ocorrido no sábado, com 108 mortos e mais de 300 feridos, mas a Rússia exigiu qye o general Mood fosse ouvido antes de qualquer decisão contra o regime do presidente Bashar al Assad.
As autoridades síria negam que suas forças tenham cometido os assassinatos - que provocaram uma onda de protestos em todo o planeta - e atribuem o ataque a "terroristas".
O general Mood, que dirige a missão das Nações Unidas na Síria com base no plano de paz do enviado internacional Kofi Annan, advertiu para a possibilidade da deflagração de uma "guerra civil" após o incidente em Hula, situada no centro da província de Homs.
Mood fez um apelo no sábado para que o governo sírio abandone o uso de artilharia pesada e que ambas as partes suspendam a violência, em qualquer forma.