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Ex-presidente da Libéria é condenado a 50 anos por crimes de guerra

Agência France-Presse
postado em 30/05/2012 10:18
Leidschendam - O ex-presidente da Libéria Charles Taylor foi condenado nesta quarta-feira (30/5) a 50 anos de prisão pelo Tribunal Especial para Serra Leoa (TSSL), que em 26 de abril o considerou culpado de crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

Taylor, 64 anos, cumprirá a pena na Grã-Bretanha por um acordo com o TSSL, que não emite condenações a prisão perpétua. A acusação "recomendou" em 3 de maio uma condenação de 80 anos de prisão, algo considerado "desproporcional e excessivo" pela defesa do ex-presidente, o primeiro chefe de Estado condenado pela justiça internacional desde o tribunal militar de Nuremberg.
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O ex-presidente da Libéria (1997-2003), detido em 2006 na Nigéria, foi declarado culpado no fim de abril de 11 crimes contra a humanidade, incluindo estupro, assassinato e saques, cometidos entre 1996 e 2002 em Serra Leoa. Segundo os juízes, Taylor iniciou uma campanha de terror com o objetivo de controlar Serra Leoa e poder explorar seus diamantes, durante uma guerra civil que deixou 120.000 mortos entre 1991 e 2001.

Vítimas da guerra civil de Serra Leona celebraram a condenação de Charles Taylor por seu apoio aos rebeldes que espalharam o terror no país. Centenas de pessoas se reuniram diante do edifício do Tribunal Especial para Serra Leoa em Freetown e acompanharam, em silêncio, o anúncio do veredicto. O ativista dos direitos humanos Charles Mambu também comemorou a decisão.

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