Agência France-Presse
postado em 30/05/2012 15:00
Teerã - A missão iraniana nas Nações Unidas rejeitou as informações publicadas pelo Washington Post que acusam Teerã e o Hezbollah, apoiado pelo Irã, de planejarem assassinatos de estrangeiros, especialmente americanos, em vários países, informou nesta quarta-feira os meios de comunicação iranianos."O Irã sempre condenou o terrorismo e estas acusações infundadas fazem parte da Iranofobia e da política de pressão ilícita contra o Irã", afirmou a missão diplomática iraniana em uma carta ao jornal americano.
A carta também afirma que o Irã é a "maior vítima de atos terroristas que tiveram como alvo milhares de cidadãos, autoridades e cientistas nucleares" nos últimos anos.
O jornal Washington Post indicou nesta segunda-feira que investigações realizadas em cinco países haviam identificado várias tentativas de assassinatos de diplomatas e empresários americanos, israelenses e sauditas, por parte do Hezbollah ou agentes do Irã.
Citando fontes anônimas da inteligência dos Estados Unidos e do Oriente Médio, o jornal acrescentou que essas tentativas terminaram quando o Irã concordou, em março, em retomar as negociações nucleares com as potências mundiais.
O jornal indica que as provas recolhidas pelos investigadores incluem registros telefônicos, dados forenses, preparações de viagens coordenadas e chips de celulares comprados no Irã e utilizados por diversos autores das tentativas de assassinato.
De acordo com o Washington Post, a maioria dos especialistas vê nestes projetos a continuação de uma guerra sombria em que Teerã contabiliza muitas vítimas. Quatro cientistas nucleares iranianos foram mortos por homens armados desde janeiro de 2010, e o Irã tem sido alvo de vários ciberataques nos últimos dois anos.