Agência France-Presse
postado em 01/06/2012 10:15

Bangcoc - A líder opositora birmanesa Aung San Suu Kyi pediu nesta sexta-feira (1;/6) aos Estados Unidos e à China que não utilizem Mianmar, um país estratégico para ambos, como "um campo de batalha".
[SAIBAMAIS]
"Muita gente se pergunta qual será a posição de Mianmar agora que começamos a caminhar em direção aos Estados Unidos, e como isto afetará nossas relações com a China", disse em uma coletiva de imprensa em Bangcoc. "Sempre me preocupo quando Mianmar é visto como um campo de batalha por Estados Unidos e China", acrescentou a líder opositora e prêmio Nobel da Paz em sua primeira viagem ao exterior em 24 anos.
A China é a primeira investidora estrangeira em Mianmar, onde adquire, sobretudo, seu petróleo e seu gás natural, e desfruta de um mercado ideal para colocar seus produtos. Pequim, por sua vez, usou durante anos seu poder como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU para evitar sanções internacionais à junta que estava no poder em Mianmar.
Mas, em março de 2011, a junta se autodissolveu e transmitiu seus poderes a um governo civil de ex-militares que multiplicou as reformas. Isso propiciou, entre outras coisas, o retorno à vida política de Aung San Su Kyi, eleita deputada em abril. Washington, que elogiou o rumo das reformas, também suavizou algumas sanções e nomeou seu primeiro embaixador em Mianmar em 22 anos.