Agência France-Presse
postado em 07/06/2012 09:50
Roma - A polícia deteve na noite de quarta-feira (6/6) o suspeito de colocar a bomba que no dia 19 de maio passado matou uma jovem de 16 anos e feriu outros cinco alunos de uma escola de Brindisi, em um ataque que comoveu a Itália. Segundo a imprensa italiana, o detido foi identificado como Giovanni Vantaggiato, 68 anos, morador da aldeia de Cupertino, na região de Lecce, que já confessou o ataque.Os meios de comunicação haviam informado que um suspeito era interrogado há várias horas na promotoria de Lecce e que os investigadores acreditavam em uma "vingança pessoal", cuja origem permanece obscura. Vantaggiato é proprietário de um depósito de combustíveis em Cupertino e confessou o ataque após horas de interrogatório.
"É uma reviravolta importante e definitiva na investigação e o resultado representa um grande trabalho do poder judiciário, com colaboração esplêndida da polícia e dos carabineiros", destacou o chefe da polícia italiana, Antonio Manganelli.
Segundo a investigação, Vantaggiato queria atacar o Palácio da Justiça de Brindisi, mas ao perceber que o local estava muito protegido, optou pelo centro escolar Morvillo Falcone.
A agência de notícias Agi revela que Vantaggiato queria se vingar da Justiça por não ter conseguido indenização em uma ação de fraude. Vantaggiato foi localizado graças a imagens de câmeras de vigilância que filmaram seu carro, revela o site do jornal La Repubblica.
A bomba artesanal explodiu pouco antes do início das aulas na escola Francesca Morvillo Falcone, em Brindisi, matando a jovem Melissa Bassi e ferindo gravemente outros cinco alunos.
A tragédia comoveu a Itália e reavivou o fantasma dos atentados terroristas dos anos 70 e das ações da máfia, devido ao nome da escola, já que Francesca Morvillo era esposa do célebre juiz antimáfia Giovanni Falcone. Os dois morreram em um atentado cometido em 1992.