Mundo

Observadores da ONU são impedidos de chegar a local de massacre na Síria

Agência France-Presse
postado em 07/06/2012 10:02
Damasco - Os observadores da ONU mobilizados na Síria foram impedidos nesta quinta-feira (7/6), principalmente "por barreiras do Exército", de chegar a Al-Koubeir, onde pelo menos 55 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas na véspera, anunciou o chefe da missão, general Robert Mood. "Os observadores ainda não conseguiram chegar à aldeia. Sua missão é prejudicada pelo (...) fato de terem sido parados em barreiras do Exército sírio e, em alguns casos, obrigados a voltar", indicou o general norueguês em um comunicado.

O chefe da missão da ONU acrescentou que "algumas de nossas patrulhas foram paradas por civis na área". "Recebemos informações de moradores da área segundo as quais a segurança de nossos observadores estaria em perigo se entrássemos na aldeia de Al-Koubeir", acrescentou o general.

"Apesar de todos esses desafios, os observadores ainda tentam ter acesso à aldeia para tentar verificar os fatos no terreno", disse, manifestando a sua preocupação relacionada "às restrições impostas aos deslocamentos da missão porque elas impedem a supervisão, a observação e a elaboração de relatórios".

Pelo menos 55 pessoas foram mortas, incluindo 18 mulheres e crianças, na quarta-feira em Al-Koubeir, na província de Hama (centro), indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O CNS, que fala em 80 mortos, acusou "o governo criminoso de Assad", enquanto o governo sírio negou que esse massacre tenha ocorrido.

A missão de observação está na Síria desde 15 de abril, em conformidade com o plano para por fim à crise do emissário internacional Kofi Annan, com o objetivo de supervisionar a aplicação de um cessar-fogo, constantemente ignorado.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação