Agência France-Presse
postado em 10/06/2012 18:14
O líder da esquerda radical francesa, Jean-Luc Mélenchon, perdeu a disputa para a dirigente ultradireitista Marine Le Pen, que liderou os resultados em sua circunscrição de Hénin-Beaumont (norte), neste domingo, no primeiro turno das eleições legislativas da França.
Mélenchon, que enfrentou Marine Le Pen em Henin-Beaumont, admitiu a derrota em um discurso. Ele ficou em terceiro lugar e por isso, no segundo turno previsto para 17 de junho, não disputará a cadeira em jogo, que será decidida entre a candidata da extrema direita e o candidato socialista Philippe Kemel.
"É normal que esteja decepcionado, mas não podemos deixar nos abater", disse Mélenchon, ex-socialista.
O líder da Frente de Esquerda, uma coalizão cuja principal componente era o Partido Comunista, foi o quarto candidato mais votado no primeiro turno das eleições presidenciais, em 22 de abril.
Já Marine Le Pen declarou que seu partido, a Frente Nacional, confirmou sua "posição de terceira força" do país e exortou uma "recomposição" da direita, após o bom resultado obtido no primeiro turno das legislativas.
"A recomposição que desejamos está em andamento", disse Le Pen, que se mostrou confiante em que seu partido volte a ter deputados na Câmara Baixa do Parlamento, após 24 anos de ausência.
"Peço a todos os eleitores que querem uma oposição autêntica aos socialistas que se mobilizem no próximo domingo", data do segundo turno das legislativas, disse Le Pen em Henin-Beaumont.
"O povo entrará na Assembleia" Nacional, acrescentou Marine Le Pen.
Segundo estimativas divulgadas no fechamento das seções eleitorais, a Frente Nacional de Marine Le Pen obteve mais de 13% dos votos, sendo a terceira força mais votada.
"Saímos deste primeiro turno em uma posição vitoriosa, com uma dinâmica extraordinária; acho que temos a capacidade de vencer", acrescentou.
"Levando em conta a abstenção (em torno de 40%) e um modo de escrutínio profundamente antidemocrático que há 25 anos privou de deputados milhões de eleitores, esta noite confirmamos nossa posição de terceira força política da França", acrescentou.