Agência France-Presse
postado em 11/06/2012 14:18
Paris - O pai do jihadista Mohamed Merah, que matou em março três militares franceses e quatro outros franceses de confissão judaica no sudoeste da França, apresentou uma queixa por assassinato nesta segunda-feira (11/6) em Paris contra a hierarquia da polícia, por ter ordenado o ataque que matou seu filho."É uma queixa contra X por assassinato com circunstâncias agravantes visando no contexto dos fatos pessoas que deram ordens à frente da polícia nacional", declarou Isabelle Coutant-Peyre, que assiste Zahia Mokhtari, advogado argelino do pai de Mohamed Merah. "Vocês têm de 300 a 400 pessoas fortemente armadas e uma pessoa sozinha trancada em seu apartamento. Isso por si só já é suficiente para levantar questões", acrescentou.
[SAIBAMAIS]O advogado afirmou que a família possuía vídeos que "serão colocados à disposição das autoridades assim que solicitarem". Mokhtari havia afirmado no início de abril que possuía provas de que o matador de Toulouse tinha sido executado. Mohamed Merah, de 23 anos, foi morto no dia 22 de março durante a invasão de seu apartamento em Toulouse pela polícia, após 32 horas de cerco.
Nos dias 11, 15 e 19 de março, ele matou sete pessoas: três soldados paraquedistas, três estudantes e um professor judeus em Toulouse e em Montauban, no sudoeste da França. Durante as 32 horas de cerco de seu apartamento em Toulouse, Mohamed Merah reivindicou os assassinatos, afirmou ter pensado em outros atos e se disse ligado aos talibãs.