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Prolongar missão da ONU na Síria depois de julho será difícil, diz Hillary

Agência France-Presse
postado em 12/06/2012 16:46
Washington - Será "muito difícil" estender para além de julho a missão de observadores da ONU na Síria, na ausência de progressos no terreno, afirmou nesta terça-feira (12/6) a secretária de Estado americano Hillary Clinton.

"Se não houver nenhuma mudança perceptível até julho, será muito difícil continuar uma missão que é cada vez mais perigosa para os observadores no terreno", declarou Hillary em Washington.

O atual mandato da missão da ONU, negociado durante três meses pelo enviado da ONU e da Liga Árabe Kofi Annan, expira em 20 de julho.

"Continuamos a apoiar os esforços de Kofi Annan, porque eles representam os esforços da ONU e da Liga Árabe", disse Clinton, em frente à Brookings Institution, ao lado do presidente israelense, Shimon Peres.

O plano de seis pontos apresentado por Kofi Annan "é um bom plano. Mas é claro que não é aplicado", declarou a chefe da diplomacia americana, denunciando o "desprezo" do presidente sírio, Bashar al-Assad, em relação ao estabelecimento de um cessar-fogo.

[SAIBAMAIS]"Temos em mente um calendário para saber se os esforços de Kofi podem ter êxito", acrescentou Hillary. "A data limite cai em julho, quando o Conselho de Segurança deve decidir se vai prolongar a missão".

Em Nova York, o chefe das operações de manutenção da paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou nesta terça-feira que a Síria atravessa atualmente uma situação de guerra civil.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), mais de 14.100 pessoas morreram desde o início da repressão na Síria, em março de 2011.

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