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Marcha dos Milhões contra Putin reúne 100 mil para anulação de eleições

Apesar de sofrerem pressões da polícia, adversários do presidente levam multidão às ruas da capital para exigir a anulação das eleições de março. Governo mantém linha dura e denuncia envolvimento dos EUA

Renata Tranches
postado em 13/06/2012 08:03

As medidas tomadas pelo presidente Vladimir Putin para conter protestos contra o seu governo não impediram as diferentes forças de oposição de fazer mais uma prova de força. A Marcha dos Milhões contra Putin reuniu 100 mil manifestantes em Moscou, segundo os organizadores, embora a polícia tenha estimado o número de participantes em 18 mil. A mobilização, que levou às ruas desde a direita liberal até os comunistas e outras forças de esquerda, foi mais um ato na campanha contra a eleição de Putin para seu terceiro mandato no Kremlin, em março ; sob denúncia de fraudes. O presidente classificou como ;inaceitável; que seus adversários ;dividam o país; e promovam ;distúrbios sociais e econômicos;, ratificando a recente imposição de multas vultosas a quem participe de ;marchas não autorizadas; e a incursão preventiva da polícia na casa de líderes do movimento, na véspera.

Imagens de agências de notícia e redes de tevê mostravam ontem uma multidão tomando as ruas centrais de Moscou, na maioria jovens que usavam fitas brancas e entovam lemas como ;a Rússia será livre;, sob forte temporal. A data era especial: o Dia da Rússia, que marca a declaração de soberania da República russa, em 1990, 18 meses antes da queda da União Soviética. Em discurso transmitido pela mídia estatal, Putin afirmou que nenhum tipo de levante seria tolerado. ;Tudo aquilo que fragiliza o país e divide a sociedade é inaceitável para nós. Qualquer decisão ou medida que leve a distúrbios sociais e econômicos é inaceitável;, afirmou o presidente. ;Toda a memória política nacional demonstra isso.;

Apesar de sofrerem pressões da polícia, adversários do presidente levam multidão às ruas da capital para exigir a anulação das eleições de março. Governo mantém linha dura e denuncia envolvimento dos EUA

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