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Zelaya volta à política em Honduras e apoia candidatura da mulher

Agência France-Presse
postado em 18/06/2012 19:18
Tegucigalpa - O ex-presidente hondurenho Manuel Zelaya, derrubado por um golpe de Estado em 2009, anunciou nesta segunda-feira (18/6) seu retorno à militância política para apoiar a mulher, Xiomara Castro, que tenta a candidatura à presidência.

"Estou trabalhando como coordenador, programando os trabalhos de organização" do partido de esquerda Liberdade e Refundação (Libre), explicou Zelaya em entrevista coletiva com Xiomara, em sua residência, no leste da capital.

O ex-presidente retornou a Tegucigalpa neste domingo, vindo da República Dominicana, onde foi operado devido a uma fratura que sofreu em maio, após uma queda.

"Estou comprometido com este povo, com a nação hondurenha", afirmou Zelaya, deposto em 28 de junho de 2009 pelo Exército, com o aval da Suprema Corte e do Congresso, e o apoio da cúpula empresarial.

Zelaya anunciou que a mulher lançará sua pré-candidatura à Presidência pelo partido Libre no próximo dia 1; de julho, possivelmente no município de Ilama, departamento de Santa Bárbara, 220km a noroeste da capital. "Após o lançamento, prosseguiremos com a organização que está ocorrendo em todo o país, consolidando todos os movimentos, para podermos chegar às eleições primárias", assinalou Xiomara, 52.



Em 18 de maio, o Superior Tribunal Eleitoral (TSE) convocou 5,2 milhões de eleitores para eleições primárias, em 18 de novembro, em que serão definidos os candidatos de nove partidos políticos, um ano antes das eleições presidenciais.

Zelaya está impedido pela Constituição de se candidatar novamente à Presidência, mais após retornar do exílio, em maio de 2011, mediante um acordo com o presidente Porfirio Lobo, ele fundou o partido político de esquerda, com a base da frente de resistência contra o golpe de Estado, que o apoiou com manifestações nas ruas. Durante o golpe, Zelaya passou diversos dias refugiado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa.

Lobo assumiu o governo em 27 de janeiro de 2010, após eleições que, inicialmente, não foram reconhecidas por grande parte da comunidade internacional.

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