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Cruz Vermelha se encontra preparada para retirar civis de cidade síria

Agência France-Presse
postado em 20/06/2012 13:12
Genebra - O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) está preparado para entrar no reduto sírio de Homs a fim de evacuar os civis, umdia depois de ter recebido sinal verda das autoridades e da oposição.

[SAIBAMAIS]"O CICV e o Crescente Vermelho árabe sírio estão dispostos a entrar no setor antigo de Homs e nos bairros de Al Qarabees, Al Qusur, Jurat al Shayah e Al Jalidiya", afirmou o CICV em um comunicado. As tropas do regime de Bashar al Assad bombardeiam há vários dias as localidades defendidas pelos rebeldes, principalmente em Homs (centro), para retomar seu controle.

No dia 19 junho, o CICV solicitou às partes que respeitassem uma "pausa temporária", indicou.
"As autoridades aceitaram oficialmente nosso pedido e os grupos opositores nos deram garantias de que iam respeitar a pausa", indicou a organização sediada em Genebra.

Segundo o CICV, centenas de civis estão presos na cidade velha de Homs e não podem fugir dos combates nem encontrar um refúgio. "Nossa primeira prioridade (...) é evacuar os doentes e feridos para zonas mais seguras, onde possam ser atendidos", declarou a responsável de operações no Oriente Médio, Béatrice Mégevand-Roggo. "Queremos seguir evacuando os civis que não tiverem conseguido escapar da zona do conflito", acrescentou.

Em todo o país, os violentos combates entre forças regulares e rebeldes provocaram nesta quarta-feira a morte de pelo menos 58 pessoas em várias localidades da Síria, entre elas 29 soldados.

"Pelo menos 29 soldados foram mortos em combates na região de Hama e de Latakia", no norte do país, e na explosão de um automóvel carregado com bombas em frente a um quartel militar na estrada de Idleb a Sarmin, segundo o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede na Grã-Bretanha.



O exército sofre atualmente ao menos 10 baixas diárias nos combates com os rebeldes, que se multiplicaram nos últimos meses.

Por sua vez, um funcionário de alto escalão havia confirmado na terça-feira que os observadores da ONU ficarão na Síria, apesar do aumento das hostilidades que levaram à suspensão da missão no país, onde milhares de cidadãos estão presos em cidades atacadas pelo exército sírio.

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