Agência France-Presse
postado em 21/06/2012 09:12
Cairo - A Irmandade Muçulmana aumentou nesta quinta-feira (21/6) a pressão sobre os militares egípcios e afirmou que está disposta a manter um protesto na Praça Tahrir até que o candidato Mohamed Mursi seja reconhecido como vencedor das eleições presidenciais.
[SAIBAMAIS]Uma fonte da Irmandade advertiu ainda que pode acontecer um confronto entre o Exército e o povo, caso o adversário de Mursi, o ex-militar Ahmed Shafiq, último primeiro-ministro do regime de Hosni Mubarak, seja declarado vencedor das eleições. Os dois candidatos anunciaram vitória na primeira eleição presidencial desde a queda de Mubarak, em fevereiro de 2011.
A Comissão Eleitoral, que deveria divulgar os resultados oficiais nesta quinta-feira, afirmou que o anúncio foi adiado para uma data não definida, para estudar as denúncias de irregularidades apresentadas pelos dois lados. A Irmandade Muçulmana também protestou contra os dispositivos adotados pelo Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), no poder, que na semana passada dissolveu o Parlamento, dominado pelos islamitas, e se atribuiu amplas prerrogativas em questões de legislação, na redação de uma nova Constituição e em termos de segurança.