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Sem duas pernas, homem chega ao topo do Monte Kilimanjaro, na África

Cerca de R$ 1 milhão foi levantado com a ação e será destinado a caridade

Estado de Minas
postado em 21/06/2012 17:50
Spencer West subiu até o ponto mais alto da África para mostrar a possibilidade de se superar as dificuldades
Escalar o Kilimanjaro, a montanha mais alta do continente africano, é uma tarefa difícil por natureza. Para o canadense Spencer West, que perdeu as duas pernas, o desafio parecia ainda maior. Usando apenas as mãos, ele venceu os 5 891,8 metros da montanha, foram sete dias até o ponto mais alto do continente. West percorreu cerca de 80% do trajeto sozinho e os 20% restantes com a ajuda dos melhores amigos, David Johnson e Alex Meers, que também chegaram ao cume.

Spencer West tem 31 anos e sofre de agenesia sacral, uma doença genética que atinge a parte inferior da coluna. Aos três anos de idade, as pernas dele foram amputadas na altura de joelho. Aos cinco, os membros inferiores foram totalmente retirados. O canadense chegou a ouvir que não seria um membro produtivo na sociedade, mas nunca deixou de enfrentar desafios. Apenas na escalada ao Kilimanjaro, ele enfrentou selvas na Tanzânia, desertos e campos de neve.

Os três amigos chegaram ao topo da África após uma caminhada de sete horas. West treinou por um ano para enfrentar a montanha. A dedicação foi recompensada não apenas com a sensação de dever cumprido, mas também com a vista do alto do pico: "Incrível, parecia uma miragem", disse o aventureiro ao jornal Daily Mail. Vale destacar que apenas 50% das pessoas que tentam escalar o Kilimanjaro conseguem chegar ao cume.

Para West, chegar ao topo da montanha não foi apenas uma realização pessoal, mas também um ato de estímulo às pessoas. "Comecei a escalar o Kilimanjaro não só redefinir o que é possível para mim, mas para inspirar os outros", afirma. A ação dele levantou aproximadamente R$ 1 milhão, que será destinado à população carente do Quênia.

Spencer arrecadou mais de um milhão de reais para um programa de combate a sede no Quênia

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