Agência France-Presse
postado em 21/06/2012 21:19
Washington - Os Estados Unidos negaram nesta quinta-feira (21/6)que estejam dispostos a dar, junto à Grã-Bretanha, um salvo-conduto e imunidade ao presidente da Síria, Bashar al Assad, com o objetivo de solucionar o conflito que afeta o país árabe desde março de 2011, como afirmam jornais britânicos.A porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, afirmou que "não é correta" a informação segundo a qual o líder sírio poderia se ver beneficiado por um salvo-conduto para se dirigir a Genebra (Suíça) e participar de uma reunião com a oposição.
"As questões de responsabilidade em casos como este, que envolvem graves violações aos direitos humanos de um povo são, por natureza, uma decisão que concerne a população (...). Nós não pretendemos falar por ela", insistiu Nuland.
Por sua vez, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que não há nenhum sinal de que Assad esteja disposto a sair de seu país e ceder o poder, como pedem os Estados Unidos.
Vários jornais britânicos, entre eles o Guardian, o Times e o Independent, afirmaram nesta quinta-feira que Londres e Washington evocaram a possibilidade de dar imunidade ao presidente Assad, em uma tentativa de resolver o conflito sírio, mas as autoridades desmentiram que "uma nova oferta" tenha sido colocada sobre a mesa.
Desde março de 2011, a Síria vive uma revolta sangrenta contra o regime de Assad, cuja repressão deixou milhares de mortos.