Agência France-Presse
postado em 22/06/2012 09:22
Cabul - Rebeldes talibãs lançaram um ataque suicida nesta sexta-feira (22/6) contra um hotel em uma zona turística nos arredores de Cabul, o que provocou a morte de 20 pessoas, incluindo os quatro terroristas, segundo a polícia afegã. Durante o ataque, os talibãs fizeram vários reféns, incluindo mulheres e crianças.
Doze civis, três seguranças do hotel e um policial morreram no ataque, anunciou o porta-voz do ministério do Interior, Sediq Sediqqi. Os quatro terroristas morreram, também de acordo com Sediqqi, após 12 horas de combate. O atentado aconteceu no Hotel Spozhmai, às margens do lago Qhargar, em um local de veraneio próximo de Cabul.
[SAIBAMAIS]A ação empregou quatro talibãs, que trocaram tiros com as forças de segurança afegãs e da coalizão internacional, segundo a Isaf, a força da Otan no Afeganistão. Mohammad Zahir, chefe do departamento de polícia criminal de Cabul, informou que a ação começou por volta das 23h30 local (16h Brasília) de quinta-feira, quando os talibãs, armados com fuzis Kalashnikov, dispararam contra uma festa de casamento no hotel.
Ao menos um dos atacantes detonou um colete com explosivos, disse um oficial da polícia criminal. O vice-chefe da polícia de Cabul, Daud Amin, informou que dentro do hotel estavam muitos civis e que o local foi cercado. Ao menos 12 veículos blindados permaneceram a cerca de 500 metros do hotel, do mesmo modo que várias ambulâncias, enquanto helicópteros da Otan sobrevoavam o local.
O lago Qargha é um local muito concorrido entre os moradores da capital afegã e em suas margens há vários restaurantes e hotéis, onde são realizados casamentos. Zabihullah Mujahid, um porta-voz dos talibãs, reivindicou em um telefonema a autoria do ataque contra dois hotéis frequentados por estrangeiros.
Os ataques dos talibãs contra as forças militares afegãs e da Otan aumentaram nos últimos dias, deixando 20 mortos entre as tropas locais e três entre os americanos. O ataque ao hotel ocorre horas após o presidente afegão, Hamid Karzai, advertir para o aumento das ações contra as tropas e a polícia local, quando o país se prepara para assumir a segurança com a saída das forças da OTAN, em 2014.