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Novo presidente do Paraguai quer se encontrar com Dilma nos próximos dias

postado em 23/06/2012 15:45
Assunção ; O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, quer se encontrar o mais rápido possível com a presidenta Dilma Rousseff para ratificar o interesse do país de manter uma relação cordial e próxima com o Brasil. O ministro das Relações Exteriores, José Félix Fernández Estigarribia, disse que vai procurar o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, para encaminhar o desejo de Franco.

Fernández Estigarribia reiterou que o esforço do governo Franco é para desfazer mal-entendidos e consolidar as relações positivas com o Brasil e todos os países vizinhos. Em relação ao Brasil, o chanceler paraguaio disse que Franco e ele têm ;especial admiração; por Dilma. ;Como ela, também fui perseguido político;, disse o chanceler.

;A presidenta Dilma Rousseff é uma heroína no processo democrático do Brasil. Tenho admiração especial por Dilma e sou muito amigo do chanceler Patriota, que conheço há anos;, disse Fernández Estigarribia. ;O trabalho do chanceler não é confrontar, é encontrar soluções, explicando como vemos a situação interna no Paraguai;, completou.

Nos últimos dias, o governo do Brasil manifestou preocupação em relação aos acontecimentos no Paraguai. Para as autoridades brasileiras, o processo de impeachment em pouco mais de 24 horas, que levou à destituição do então presidente Fernando Lugo e à posse de Franco, foi rápido e há dúvidas se houve tempo para a defesa.


;Também estranhei a velocidade com que o processo correu. Mas foi tudo dentro do que determina a nossa Constituição. Mas foi uma decisão soberana do Congresso;, ressaltou o chanceler. ;Não há distúrbios nas ruas nem manifestações;, destacou ele.

[SAIBAMAIS]

Assim como fez Franco em entrevista coletiva concedida mais cedo, Fernández Estigarribia ressaltou que todos os compromissos internacionais serão seguidos pelo novo governo. ;Vamos cumprir todos os compromissos e obrigações internacionais;, destacou. ;Espero do Brasil uma extraordinária relação. Às vezes, os vizinhos têm diferentes pontos de vista. Isso é normal. Mas nos respeitamos muito.;

O chanceler reiterou que o governo Franco respeitará os cerca de 6 mil brasiguaios (agricultures brasileiros que moram em território paraguaio), que se queixam de discriminação, dificuldades para trabalhar no país e perseguição dos chamados carperos (sem-terra paraguaios), além da falta de apoio das autoridades do Paraguai.

;Vamos fazer todos os esforços para que eles [os brasiguaios] sigam trabalhando. Vamos respeitar todos os direitos de todos os cidadãos brasileiros que vivem no Paraguai;, disse o chanceler. ;Mas a questão da terra é um problema que tem de ser resolvido no Paraguai.;

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