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Parlamentares britânicos lançam campanha contra independência da Escócia

Agência France-Presse
postado em 25/06/2012 12:44
Edimburgo - Parlamentares britânicos lançaram uma campanha contra a independência da Escócia nesta segunda-feira (25/6), argumentando que a Escócia é beneficiada pela "influência única" da Grã-Bretanha. Alex Salmond, primeiro-ministro escocês e líder do partido Nacional Escocês, pró-independência, que planeja promover um referendo no outono de 2014 pela separação da união de mais de 300 anos, lançou sua campanha no mês passado.

Por outro lado, em apoio à campanha "Better Together", lançada em Edimburgo, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que a Grã-Bretanha é "algo pelo qual vale a pena lutar". "Todos sabemos que a Escócia pode se manter sozinha," afirmou Cameron, cujo partido conservador apoia a união juntamente com seus parceiros do Partido Liberal Democrata e do Partido Trabalhista da oposição.

[SAIBAMAIS]"Apenas acreditamos que o Reino Unido é especial e que todos iríamos perder se essa separação acontecesse. Nós valorizamos o nosso lugar no Reino Unido e o lugar da Escócia em nossa família de nações", acrescentou. O líder da campanha pró-união, Alistair Darling, afirmou que a Escócia se uniu recentemente ao "melhor dos dois lados" com os poderes atribuídos ao seu parlamento em Holyrood e seu papel no governo britânico.

"O Reino Unido é um país com uma influência única --na União Europeia, no Commonwealth e no G20, grupo das maiores economias do mundo," afirmou o ex-ministro das Finanças ao lançar a campanha na capital escocesa. "Por que iríamos abrir mão dessa influência tão profunda?" Na Universidade de Napier, em Edimburgo, Darling disse que a Escócia tem "uma influência real" no Conselho de Segurança da ONU, na União Europeia, no Fundo Monetário Internacional (FMI) e na OTAN, como parte da Grã-Bretanha.



Darling, membro do Partido Trabalhista no Parlamento e que foi chefe do Tesouro de 2007 a 2010, indicou que a decisão seria a mais importante de suas vidas. Ele acrescentou que a independência seria uma "resposta inadequada" aos problemas da economia britânica. "São tempos muito difíceis e de grande incerteza, principalmente na Europa, onde todos os problemas da união monetária estão expostos".

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