postado em 27/06/2012 07:52
Às vésperas da reunião em que os presidentes dos demais três sócios ; Brasil, Argentina e Uruguai ; devem ratificar a suspensão de seu país, em represália pelo impeachment de Fernando Lugo, o novo presidente do Paraguai, Francisco Franco, saiu ontem da defensiva. Depois de o chanceler José Félix Fernández ter contestado a punição e anunciado que Franco iria a Mendoza, na Argentina, o mandatário anunciou que dispensará a reunião internacional, em nome da prioridade para os assuntos internos. No entanto, aproveitou um encontro com representantes dos brasileiros radicados no Paraguai ; os brasiguaios, que apoiaram a troca relâmpago de governo ; para fazer um aceno à presidente Dilma Rousseff. ;É importante que ela consulte seus compatriotas. Aqui há 500 mil brasileiros e, quando as terras dos brasiguaios eram invadidas, a embaixada respondia que esse é um pais autônomo, que eles não podiam fazer nada;, recordou Franco.
Antes mesmo da cúpula do Mercosul, na quinta e na sexta-feira, o novo governo paraguaio começou a contraofensiva na frente diplomática ontem mesmo, em Washington, onde o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) realizou sessão extraordinária para examinar a crise. Assim como o Mercosul e a Unasul, a OEA tem uma cláusula que prevê a suspensão de países-membros onde se verifique a ruptura da ordem democrática. Essa foi a razão invocada para a exclusão do Paraguai no Mercosul, medida que deve ser estendida na sexta-feira ao âmbito da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que terá uma reunião paralela durante a cúpula de Mendoza.