Rosana Hessel
postado em 27/06/2012 07:57
O governo brasileiro não está preocupado com o fato de que a crise política no Paraguai atrapalhe a operação da hidrelétrica de Itaipu. ;Mesmo se o Brasil concordasse em devolver a energia excedente produzida pela usina à diretoria paraguaia, eles não teriam a quem vender, a não ser o Brasil;, disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. ;Não existe linha de transmissão possível para outro país, nem comprador;, completou.
[SAIBAMAIS]A opinião do ministro é a mesma que ecoa pelos corredores do Palácio do Planalto. Aliás, as declarações do novo diretor-geral paraguaio da usina, Franklin Anki Boccia Romañach, nomeado pelo novo presidente Frederico Franco, foram ignoradas solenemente pela Presidência, segundo uma fonte graduada do governo. Ao tomar posse anteontem, Romañach adotou um discurso patriótico e ameaçou cortar a venda da energia excedente para os brasileiros. A companhia tem uma administração binacional e, segundo o ministro Lobão, por ser praticamente autônoma, opera sem problemas. ;Ela é gerida pelo Brasil e pelo Paraguai ao mesmo tempo. Há uma duplicidade de diretores em cada área e nós estamos dentro da normalidade;, afirmou.