Agência France-Presse
postado em 27/06/2012 10:59
Los Angeles - A cineasta Nora Ephron, indicada ao Oscar pelos roteiros das comédias românticas Harry e Sally e Sintonia de Amor, morreu na terça-feira (26/6) aos 71 anos. A diretora e escritora faleceu de pneumonia devido a uma leucemia, informou a revista Variety, pouco depois de o jornal The Washington Post confirmar sua morte após horas de rumores.Liz Smith, blogueira do mundo do espetáculo e amiga de Ephron, escreveu horas antes em sua coluna: "não direi ;descanse em paz, Nora;. Só me pergunto o que vou fazer sem você". O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, disse que "a perda de Nora Ephron é uma devastadora notícia para as artes e a comunidade cultural da cidade. Os livros, filmes e obras que situou aqui serão desfrutados por gerações".
Nascida em 19 de maio de 1941, em Nova York, Ephron começou sua carreira como jornalista, trabalhando para Newsweek, New York Post e Esquire, antes de se consagrar como roteirista, diretora e produtora, basicamente de comédias românticas. Nora Ephron escreveu um dos filmes mais representativos do gênero: Harry e Sally (1989), com Meg Ryan e Billy Crystal, que lhe valeu a indicação ao Oscar de Melhor Roteiro.
Quatro anos depois, Ephron obteve outra indicação ao Oscar, com Sintonia de Amor (1993), protagonizado por Meg Ryan e Tom Hanks. Seu último trabalho foi Julie & Julia (2009), filme que escreveu, produziu e dirigiu baseado no livro Julie Powell, sobre a blogueira que faz todas as receitas da chef Julia Child (Meryl Streep, indicada para o Oscar de melhor atriz).
Adorada por uma geração de amantes de comédias românticas, Ephron também foi indicada duas vezes para o prêmio Razzie (do pior do cinema), por direção e roteiro de A Feiticeira (2005), com Nicole Kidman, Will Ferrell, Steve Carell, Shirley MacLaine, Michael Caine e Jason Schwartzman.
Ephron, que se casou três vezes, vivia atualmente com o roteirista Nicholas Pileggi. Seu segundo marido, Carl Bernstein, foi um dos jornalistas que revelaram o escândalo do Watergate, que terminou com a renúncia do presidente republicano, Richard Nixon, em agosto de 1974.