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Birmanesa Suu Kyi recebe o título de cidadã honorária em Paris

Agência France-Presse
postado em 27/06/2012 12:03
Suu Kyi recebe o título do prefeito de Paris, Bertrand Delanoe
Paris - A opositora birmanesa e prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi recebeu nesta quarta-feira, em Paris, o título de cidadã honorária da cidade, concedido em 2004, e foi recebida com todas as honras na prefeitura, no segundo dia de sua visita à França.

Depois de uma reunião em particular com o prefeito socialista da capital francesa, Bertrand Delanoe, e com representantes da comunidade birmanesa em Paris, Aung San Suu Kyi, recebeu a distinção das mãos do prefeito. Ante uma multidão que reuniu vários birmaneses, a opositora falou em francês e prestou homenagem "ao profundo apego de Paris à justiça e à liberdade, que não são o produto de ideias abstratas".

"Em 2009, quando estava na prisão, me disseram que Paris estava comovida e fiquei surpresa e feliz por Paris apoiar minha causa com tanto vigor", declarou a agora deputada birmanesa. Aung Sang Suu Kyi recebeu o título de cidadã honorária em junho de 2004 durante uma votação no Conselho de Paris, quando se encontrava em prisão domiciliar em seu país. Na véspera, ela se reuniu com o presidente francês, François Hollande, que manifestou seu apoio à transição democrática em Mianmar. Suu Kyi, por sua vez, aproveitou para pedir às empresas ocidentais que invistam em seu país para reforçar a democracia.

[SAIBAMAIS]Após o encontro com o presidente, a defensora dos direitos civis birmanesa concedeu uma entrevista coletiva à imprensa ao lado de Hollande, que afirmou que a França "apoiará todos os atores da transição democrática em Mianmar, e fará todo o possível com (...) a União Europeia para que este processo seja concluído, ou seja, para que haja uma democracia plena". O chefe de Estado indicou que está disposto a receber na França o presidente birmanês, o ex-general Thein Sein, "se quiser vir".



Com esta visita de Aung San Suu Kyi, última etapa de sua viagem europeia, a França quer manifestar seu apoio e também a disponibilidade de suas empresas para participar da reconstrução do país, depois de décadas de ditadura militar.

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