Libreville - Cinco toneladas de marfim, presas em estado bruto e peças esculpidas por um valor de 10 milhões de euros foram incineradas nesta quarta-feira (27/6) pelas autoridades do Gabão na presença do presidente do país, Ali Bongo Ondimba, que desejava mostrar, assim, sua vontade na luta contra a caça ilegal de elefantes.
Bongo acendeu a pira onde havia "4.825 quilos de marfim, 1.293 presas em estado bruto e 17.730 esculturas em marfim. Para obter estas quantidades cerca de 850 elefantes foram mortos", segundo o comunicado de imprensa da ONG World Wildlife Fund, que participava da operação.
O valor da pira foi estimado pela agência nacional de parques nacionais (ANPN) em 7,5 milhões de euros no mercado negro asiático.
Embora as peças tenham cerca de dez anos, o marfim foi confiscado, sobretudo, nos últimos cinco anos, período durante o qual foi visto um aumento da caça ilegal e do tráfico de marfim, destacou Lee White, diretor da ANPN.
O presidente do Gabão considerou, por sua vez, que se trata de uma "mensagem enérgica" para a comunidade internacional e pediu para que seja feita "pressão sobre os países que continuam com o comércio" do marfim.