Renata Tranches
postado em 28/06/2012 07:51
Depois de minimizar a pressão internacional, o novo presidente do Paraguai, Federico Franco, pediu ontem apoio interno, durante seu primeiro encontro com o Congresso desde que assumiu o cargo. O presidente destituído, Fernando Lugo, por sua vez, começou a articular um ;plano B; e sinalizou para uma possível candidatura ao Senado pela Frente Guasu, a coalizão de 19 siglas políticas que o apoiou na última campanha eleitoral. Na região, as articulações de repreensão ao impeachment relâmpago de Lugo continuavam na véspera da cúpula do Mercosul, realizada hoje e amanhã, em Mendoza, na Argentina. Segundo fontes do governo brasileiro, a expectativa é de que a reunião condene a destituição do ex-mandatário, mas não inclua sanções econômicas contra o Paraguai, suspenso do bloco (leia nesta página). O próprio Lugo rejeitou medidas punitivas a seu país.
Franco pediu ontem que, passada a convulsão política, o Congresso paraguaio destrave projetos dos setores agrícolas e de obras públicas, na tentativa de impulsionar a economia paraguaia. Os programas, muitos dos quais financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), são da ordem de centenas de milhões de dólares, segundo noticiaram os jornais locais. Ao falar com a imprensa, em Assunção, um dos principais colaboradores do novo governo, o ministro da Fazenda, Manuel Ferreira Brusquetti, disse que o Legislativo ; a quem propôs uma ;sociedade; ; detém responsabilidade sobre cerca de US$ 480 milhões em projetos.