Haia - O ex-dirigente sérvio da Bósnia Radovan Karadzic foi absolvido nesta quinta-feira (28/6) da acusação de genocídio na Bósnia, mas segue acusado perante o Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) por outros motivos, como o massacre de 1995 na cidade de Srebrenica.
"O TPII pronuncia a absolvição da primeira acusação da ata de acusação", declarou o juiz sul-coreano O-Gon Kwon em uma audiência pública em Haia. O juiz afirmou que não havia provas suficientes para corroborar que se cumpra com a definição de "genocídio" no caso destas mortes cometidas por forças sérvias da Bósnia em 1992.
No dia 11 de junho, a defesa de Karadzic havia pedido em Haia sua absolvição argumentando que em 1992 não houve genocídio na Bósnia. Karadzic, de 66 anos, é acusado de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra durante a guerra da Bósnia (1992-1995) e tem que responder, entre outros, pelo massacre de Srebrenica de julho de 1995, o mais importante na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
O sérvio foi detido em julho de 2008 em Belgrado após 13 anos de clandestinidade. Seu julgamento começou em outubro de 2009.