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Movimentos sociais em São Paulo pedem medidas contra novo governo paraguaio

postado em 28/06/2012 20:19
São Paulo ; Movimentos sociais brasileiros e da América Latina fizeram nesta quinta-feira (28/6), em frente ao prédio onde fica o gabinete regional da Presidência da República, na Avenida Paulista, em São Paulo, um ato contra o novo governo do Paraguai. Elas cobraram as ações ;mais duras; do Brasil, como o não reconhecimento do novo governo paraguaio, sanções comerciais, o cancelamento dos projetos de cooperação econômica e o bloqueio aos financiamentos públicos.

João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST, reivindica que o governo brasileiro e o Congresso Nacional enviem uma comissão ao país vizinho para averiguar denúncias de que movimentos sociais camponeses estão sendo ameaçados por setores do novo governo.

[SAIBAMAIS];As organizações que têm identificação com o ex-presidente Lugo estão sendo perseguidas. Nós estamos muito preocupados porque a troca que houve nas Forças Armadas colocou no poder um setor completamente reacionário, que esteve na ditadura militar;, disse. Rodrigues quer ainda que o Brasil adote medidas rigorosas contra o atual governo paraguaio, mas sem que haja prejuízos para a população. ;Que tenha uma separação, para que o povo paraguaio não pague pelo que os golpistas fizeram;, destacou.



José Mendonça, do Movimento Marcha Patriótica, da Colômbia, ressaltou que houve um golpe no Paraguai e vê ameaça de um retrocesso aos tempos das ditaduras nos países da América Latina. ;Qualquer ameaça, qualquer tentativa de um retrocesso ao que foi nos tempos da ditadura militar deve ser freada. Qualquer tipo de ameaça de acabar com a democracia deve ser freada;, disse. As entidades também ressaltaram, em um manifesto, a posição ;firme; adotada pelo governo brasileiro contra o impeachment do presidente Fernando Lugo.

;Como brasileiros, que nos solidarizamos com o povo paraguaio, rejeitamos o golpe e defendemos a democracia, realizamos este ato político para apoiar a postura firme da presidenta Dilma Rousseff e cobrar medidas ainda mais incisivas contra os golpistas;, diz o manifesto divulgado pelos movimentos que organizaram o ato, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Centro Brasileiro de Solidariedade e Luta pela Paz (Cebrapaz), a Marcha das Mulheres, a União da Juventude Socialista (UJS) e o Levante Popular da Juventude.

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