Silvio Queiroz, Enviado Especial
postado em 29/06/2012 07:59
Mendoza (Argentina) ; No intenso debate que marcou o primeiro dia da cúpula do Mercosul, em que a Argentina passará ao Brasil a presidência pro tempore do bloco, prevaleceu a opção dos governos brasileiro e uruguaio de limitar ao terreno político a sanção ao Paraguai pelo impeachment relâmpago imposto ao presidente Fernando Lugo. O chanceler Antonio Patriota confirmou para a imprensa brasileira, no fim da tarde, que o governo paraguaio será suspenso apenas de participar das reuniões e dos organismos do bloco, mas não dos deveres e direitos como membro pleno ; inclusive o acesso a recursos do Fundo de Convergência (Focem), do qual é o principal beneficiário, como sócio mais pobre.
[SAIBAMAIS]Com o Paraguai suspenso, no âmbito do protocolo que define a democracia como condição para a participação no Mercosul, fica mais próxima a admissão da Venezuela de Hugo Chávez como sócia de pleno direito. A adesão, ratificada pelos parlamentos brasileiro, argentino e uruguaio, esbarrou na obstrução da maioria do Congresso paraguaio, como parte das escaramuças políticas com Lugo. Patriota admitiu que o sinal verde para a Venezuela ;esteve presente; nas discussões de ontem e estará sobre a mesa, hoje, nas discussões entre a anfitriã, Cristina Kirchner, e os colegas Dilma Rousseff e José Mujica (do Uruguai) ; além do próprio Chávez.