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EUA pedem resolução da ONU sobre transição na Síria com ameaças de sanções

Agência France-Presse
postado em 06/07/2012 11:31
Paris - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu nesta sexta-feira (6/7) na conferência de Amigos do Povo Sírio, em Paris, uma resolução da ONU sobre a transição na Síria com ameaças de sanções.

"É necessário recorrer ao Conselho de Segurança e exigir a aplicação do plano de Genebra assinado por Rússia e China", declarou Clinton a respeito do acordo sobre uma transição política na Síria. "Precisamos pedir uma resolução que defina as consequências no caso do plano não ser respeitado, inclusive sob o amparo do capítulo VII", completou.

Uma resolução sob o capítulo VII da Carta das Nações Unidas prevê sanções ou eventualmente recorrer à força contra os que não respeitam o texto. "Pediremos uma resolução do Conselho de Segurança sob o capítulo VII incorporando o protocolo de Genebra", declarou o chefe da diplomacia britânica, William Hague.

[SAIBAMAIS]No fim de semana passado em Genebra, em uma reunião do grupo de ação para a Síria, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha) concordaram com o princípio de uma transição com um novo governo que inclua representantes do regime e da oposição, mas sem mencionar explicitamente a saída do presidente sírio Bashar al-Assad. Desde então, as interpretações sobre o acordo divergiram radicalmente. Para as potências ocidentais, o plano implica uma transição sem Bashar al-Assad, mas Moscou e Pequim, aliados de Damasco, afirmam que corresponde aos sírios determinar seu futuro.



China e Rússia não aceitam uma resolução sob o amparo do capítulo VII. Clinton acusou os dois países, que boicotam a reunião de Paris, de "bloquear" os progressos na Síria. "Não basta vir a uma reunião dos Amigos da Síria, a única forma de obter resultados é que cada país representado aqui faça Rússia e China compreender que há um preço a pagar", argumentou.

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