Agência France-Presse
postado em 13/07/2012 12:11
Washington - Dirigentes da Universidade da Pensilvânia, cuja equipe de futebol americano foi abalada por um escândalo de pedofilia, encobriram os acontecimentos e mostraram "total desprezo" pelas vítimas, afirmou nesta quinta-feira o ex-diretor do FBI Louis Freeh.
[SAIBAMAIS]"Durante 14 anos, os homens mais poderosos da Universidade da Pensilvânia evitaram adotar qualquer medida para proteger os meninos vítimas de Sandusky", disse Freeh em entrevista coletiva. Jerry Sandusky, auxiliar do legendário treinador de futebol americano Joe Paterno, abusou sexualmente de ao menos dez adolescentes, incluindo seu filho adotivo, entre 1994 e 2008, sendo condenado a 156 anos de prisão.
Os dirigentes "não mostraram qualquer preocupação com as vítimas de Sandusky, e jamais questionaram sua segurança e bem-estar", destaca Freeh, assinalando que a Universidade parecia mais preocupada com a "má publicidade" do que em ajudar os jovens. Sandusky dirigia um programa voltado a jovens carentes, através do qual escolhia suas vítimas. A Universidade se comprometeu a "examinar atentamente" o relatório da investigação liderada por Freeh "antes de fazer qualquer anúncio ou recomendação".