Agência France-Presse
postado em 14/07/2012 09:18
Um funcionário de alto escalão norte-coreano teria pedido ao meio-irmão do líder Kim Jong-Un que pare com suas críticas ao regime comunista, depois de declarar há alguns meses que o sistema hereditário era difícil de tolerar, indicou neste sábado a imprensa japonesa.
Kim Jong-Nam, de 41 anos, que vive há anos no exterior, disse em janeiro a um jornal japonês que "qualquer pessoa em sã consciência consideraria difícil tolerar três gerações de sucessão hereditária".
Estes comentários teriam lhe valido as críticas de Jang Song-Thaek, o chefe do departamento de administração do Partido dos Trabalhadores, durante uma visita do meio-irmão de Kim Jong-Un à Coreia do Norte há dois meses, indicou neste sábado o jornal japonês Yomiuri Shimbun.
Em 2001, Jong-Nam, que vive há anos na China, tentou entrar com um passaporte falso no Japão, o que lhe fez perder a preferência de seu pai, Kim Jong-Il, falecido em dezembro de 2011, segundo a imprensa.
Desde então, o meio-irmão de Kim Jong-Un, o novo líder supremo do partido comunista norte-coreano, fez frequentemente comentários críticos sobre o regime na imprensa.