Agência France-Presse
postado em 21/07/2012 14:49
Cidade do Vaticano - O mordomo do Papa, acusado pelo vazamento de documentos confidenciais de Bento XVI, deixou a prisão, mas foi colocado em detenção domiciliar, anunciou neste sábado à imprensa o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.Detido em 23 de maio em posse de documentos confidenciais procedentes da correspondência particular do Papa, Paolo Gabriele "vai morar com sua família" no Vaticano e seus contatos com o exterior serão rigidamente regulados, indicou o religioso, afirmando que "sua detenção já não é necessária".
Até o início de agosto, no mais tardar, a justiça vaticana decidirá se abre um julgamento contra o mordomo, acrescentou o porta-voz.
Paolo Gabriele é acusado de "roubo agravado" por ter levado do escritório de seu superior hierárquico, Monsenhor Georg G;nswein, secretário particular do Papa, várias mensagens e cartas altamente confidenciais, algumas endereçadas a Joseph Ratzinger, e de ter tirado fotocópias para transmiti-las para fora do Vaticano.
Desde a detenção de Paolo Gabriele, as investigações prosseguem em dois níveis: a comissão de três cardeais, que conta com amplos poderes e presta contas diretamente ao Papa, e a instrução judicial, que deve decidir se abre um julgamento contra o mordomo.
Neste último caso, o mordomo pode ser condenado a cumprir uma pena de um a seis anos de prisão, embora o Papa possa absolvê-lo.