Na irônica coincidência entre o início do Ramadã ; que na crença islâmica é um período de renovação da fé e de vivência da fraternidade ; e a alarmante escalada de violência, o confronto na Síria golpeou com força Aleppo (noroeste). A segunda maior cidade e capital econômica do país foi bastante bombardeada durante uma tentativa de consolidação de domínio da região pelo Exército Sírio Livre (ESL). Os rebeldes da oposição encontraram feroz resistência de tropas leais ao regime de Bashar Al-Assad. Ativistas e correspondentes estrangeiros relataram ataques de helicópteros do Exército e o inédito uso de caças militares no conflito. Os aviões de guerra dispararam rajadas de metralhadora e lançaram bombas sobre bairros residenciais e históricos de Aleppo, incluindo as imediações da Cidade Velha, uma das mais antigas localizações habitadas do mundo. Um dia após o governo admitir que não só possui, como pretende usar armas químicas em caso de interferências externas, rebeldes acusaram o regime de transferir o arsenal para as fronteiras e a costa do país.
Segundo o Exército Sírio Livre (ESL), há 15 dias o regime ;transferiu armas químicas e equipamentos de mistura de componentes químicos para aeroportos na fronteira sul; e para a costa do país, de acordo com o ESL. ;Há duas razões que justificam a ação do governo: a primeira é o temor do avanço do Exército Sírio Livre; a segunda é que, ao mover as armas químicas para a fronteira, o regime ameaça a comunidade internacional;, disse à rede de tevê norte-americana CNN o ativista Mustapha Sheikh.