Agência France-Presse
postado em 31/07/2012 14:04
Bamako - O governo do Mali denunciou nesta terça-feira (31/7) o apedrejamento responsável por matar um casal, que vivia junto sem estar casado, na localidade de Aguelhok, no norte do Mali, classificando-a de "prática obscurantista" que não ficará impune."O governo se inteirou com indignação e assombro do apedrejamento no qual um casal morreu em Aguelhok pelas mãos dos extremistas que ocupam o norte do Mali", indicou em um comunicado o ministro da Comunicação. "Ao mesmo tempo em que expressa sua compaixão com as famílias das vítimas, o governo condena energicamente esta prática obscurantista e assegura que este ato não ficará impune", acrescenta o comunicado.
[SAIBAMAIS]O governo de Mali, do primeiro-ministro Cheikh Modibo Diarra, "reitera sua determinação em seguir fazendo todo o necessário para a rápida libertação das zonas ocupadas no norte do Mali". O governo "faz um chamado urgente às forças do país, aos organismos subregionais, regionais e internacionais, para que se mobilizem com o objetivo de acelerar o restabelecimento da integridade territorial do Mali".
Islamitas radicais apedrejaram no domingo um casal, por viver junto sem estar casado, na localidade de Aguelhok, no norte do Mali. Trata-se do primeiro caso conhecido realizado nesta região desde sua ocupação total pelos grupos armados islamitas, há quatro meses. A cidade de Aguelhok está controlada pelo grupo armado Ansar Din, grupo islamita aliado da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), que também tem uma forte presença no norte do Mali. As três maiores cidades e regiões administrativas do Mali - Timbuctu, Kidal e Gao - que representam mais da metade do território deste imenso país do Sahel, estão ocupados por islamitas armados desde o fim de março.