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Países do Mercosul descartam sanções e retaliações econômicas ao Paraguai

postado em 31/07/2012 18:40
Reunidos em Brasília para a incorporação da Venezuela ao Mercosul, os presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e José Pepe Mujica (Uruguai) descartaram nesta terça-feira (31/7) a possibilidade de retaliações e sanções ao Paraguai, suspenso do bloco até abril do próximo ano.

Em declaração à imprensa, Dilma reiterou que a suspensão do Paraguai foi uma reação à destituição do então presidente Fernando Lugo do poder, cujo processo não respeitou princípios democráticos.

;Não somos favoráveis às retaliações econômicas que possam causar prejuízos ao Paraguai. Nossa perspectiva é que o Paraguai normalize sua situação interna para que possa reaver sua situação plena no Mercosul;, disse a presidenta Dilma, depois de se reunir com Chávez, Cristina e Mujica, no Palácio do Planalto.



Em seguida, Dilma acrescentou: ;O governo brasileiro e os demais apresentamos a nossa visão. O que nos moveu foi o compromisso inequívoco com a democracia, com o sentido de preservar e fortalecer a democracia na nossa região;. Em junho, os presidentes anunciaram a suspensão do Paraguai por suspeitarem do processo de impeachment, que durou menos de 24 horas e tirou Lugo do governo após oferecer prazo de duas horas de defesa ao então presidente.

[SAIBAMAIS]A presidenta Cristina Kirchner completou ainda que a medida definida pelo Mercosul de suspensão temporária do Paraguai foi resultado da necessidade de os líderes políticos da região conseguirem manter a democracia, conquistada com ;grande dificuldade;. Segundo ela, não se pode dar espaço a situações que ameacem as instituições democráticas sul-americanas.

O Paraguai permanece suspenso do Mercosul até as eleições de 21 de abril de 2013, quando os eleitores irão às urnas votar para presidente, vice-presidente, governador e senador. O ex-presidente Lugo é candidato ao Senado.

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