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Atentado suicida na Chechênia deixa quatro mortos e três feridos

Agência France-Presse
postado em 06/08/2012 14:19
Moscú - Ao menos quatro pessoas morreram nesta segunda-feira (6/8) em um atentado suicida na Chechênia, no Cáucaso russo, segundo um porta-voz do ministério do Interior da Rússia e fontes da investigação em Moscou.

Três militares morreram em uma explosão quando seu veículo blindado leve, que viajava da grande base militar de Jankala para a capital Grozny, realizou uma parada, acrescentou Vasili Panchenkov. Para o porta-voz, um quarto corpo pertence a um civil, ao qual se somaria o do camicase. No entanto, fontes da investigação indicaram em Moscou que o quarto corpo "provavelmente pertencia ao camicase". "Saíram do veículo e houve uma explosão", disse Panchenkov, referindo-se aos três militares falecidos.

Outros três militares ficaram feridos e foram levados ao hospital, afirmou. Segundo o porta-voz do ministério do Interior russo, um camicase detonou os explosivos que carregava em seu cinturão. No lugar do incidente, foram encontradas partes de um corpo que certamente é o do camicase, acrescentou. Por sua vez, o ministério do Interior da Chechênia considerou que, segundo a investigação preliminar, seriam dois camicases.

[SAIBAMAIS]No Cáucaso, após a primeira guerra da Chechênia (1994-1996) entre forças russas e independentistas, a rebelião se islamizou progressivamente e se estendeu para fora das fronteiras chechenas, transformando-se, em meados dos anos 2000, em um movimento islamita armado ativo em todo o norte do Cáucaso.



A invasão pelas tropas federais russas em outubro de 1999 desta república caucásica iniciou a segunda guerra da Chechênia, após uma série de atentados atribuídos aos independentistas chechenos. Este conflito (que durou até 2009), contribuiu para realçar a popularidade do então jovem primeiro-ministro Vladimir Putin. Atualmente, os ataques contra funcionários do Estado ou militares são frequentes no norte do Cáucaso, o que leva os críticos da política do Kremlin a negar que a "linha dura" do líder checheno Ramzan Kadirov tenha permitido dar estabilidade à região.

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