Cairo - As forças de segurança egípcias mataram neste domingo seis homens armados durante um ataque em um povoado do Sinai apresentado como uma operação de combate ao terrorismo, indicaram testemunhas.
A televisão estatal havia indicado anteriormente que nove pessoas - seis ativistas e três militares- tinham perdido a vida durante uma grande operação do Exército contra o terrorismo, mas uma fonte de segurança declarou que os três soldados morreram em um acidente em uma estrada da península.
"As forças de segurança efetuaram um ataque contra uma pequena casa na aldeia de Al-Gura e houve uma troca de tiros", disse uma testemunha que pediu para não ser identificada.
"Eles mataram seis pessoas e deixaram os corpos, depois voltaram com ambulâncias e um caminhão dos bombeiros para levá-los", acrescentou.
Uma outra testemunha, que relatou que os homens armados eram de fora da aldeia, disse que os seis tinham sido mortos em uma troca de tiros quando as forças de segurança entraram na casa em que estavam escondidos.
O ataque deste domingo ocorre no momento em que o Exército continua a reforçar a sua presença no Sinai com o envio de tanques e carros blindados para tentar capturar ou matar os ativistas responsáveis pelo ataque que matou 16 guardas fronteiriços egípcios no dia 5 de agosto.
Os militares afirmaram ter matado 20 ativistas em um ataque aéreo na quarta-feira, mas testemunhas indicaram que ninguém tinha morrido.
As informações fornecidas pelas autoridades e pela imprensa oficial são difíceis de confirmar, e os moradores se dizem céticos sobre a realidade dos "fatos" reivindicados pelas forças de segurança.
As autoridades do Egito prometeram recuperar o controle desta região instável, próxima a Israel e ao enclave palestino de Gaza, que sofre com o aumento da insegurança desde a queda do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.